Estes dias que se seguiram ao meu anterior artigo têm decorrido sem problemas. Mas eu acho que chegou a altura de me confessar perante alguém. Eu não sou nenhum enviado especial a Mulugal. Ninguém no seu perfeito juízo gastaria dinheiro para manda rum jornalista para o país da pasmaceira. É que não acontece nada. Não acontece rigorosamente nada. E há moscas. Mas eu vim para aqui porque calculei que, aqui, ninguém me conhecesse. Sabem como é… criar uma vida nova. Começar do zero. Recomeçar. Tudo palavras bonitas. Mas isto não tem sido como eu esperava. Todos os dias sou interrogado acerca do meu passado. O que fazia, o que não fazia. Sou tipo atracção de circo, sempre cheio de miúdos a pedir autógrafos e fotografias. Nem tenho tempo a sós com a minha Anamula. Ela é o meio de transporte. É tão querida. Esta sempre bem disposta e nunca reclama de nada.
Isto até tem paisagens bonitas. É um bonito país, que ainda não conheci todo. Mas tenho saudades de ver alguém que ande em duas patas. Estou aqui há tão pouco tempo e já estou a desanimar. Os próximos tempos não se adivinham nada bons. Principalmente porque onde me encontro, ainda não encontrei uma casa de banho privada, ou seja, que sirva só para um ser vivo de cada vez. Isto, por estes lados, parece os banhos romanos.
Isto até tem paisagens bonitas. É um bonito país, que ainda não conheci todo. Mas tenho saudades de ver alguém que ande em duas patas. Estou aqui há tão pouco tempo e já estou a desanimar. Os próximos tempos não se adivinham nada bons. Principalmente porque onde me encontro, ainda não encontrei uma casa de banho privada, ou seja, que sirva só para um ser vivo de cada vez. Isto, por estes lados, parece os banhos romanos.